Na terça-feira, (27), o Senado aprovou projeto que torna obrigatória a vacinação diária, inclusive aos finais de semana e feriados, como medida excepcional para o controle de surtos, epidemias e pandemias até que as metas do plano de imunização sejam atingidas.
O projeto apresentado pelo senador Chico Rodrigues (DEM-RR), que tem como relatora a senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE) segue para ser analisado pela Câmara dos Deputados. Favoráveis ao projeto torcem para que os trâmites sejam definidos o quanto antes no sentido de aprovação do presidente Jair Bolsonaro, além da vacinação em massa. Contrários a proposta justificam a necessidade de organizar horários e salários dos profissionais da Saúde, e que se a Lei for aplicada, a mesma deveria ter sido praticada faz tempo no sentido de as mortes não ficarem próximas a 400 mil como atualmente. Outra desconfiança é a disponibilização de vacinas, na qual está acabando em vários lugares como também a falta de insumos.
Estado - Na quarta-feira (28), foi iniciada a produção de 18 milhões de doses da vacina Butanvac, integralmente fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan. As doses estarão prontas para uso já na primeira quinzena de junho, após conclusão do processo de aprovação na Anvisa. “A tecnologia adotada para obter o insumo que compõe o imunizante é a mesma da vacina contra a gripe, a Influenza. O procedimento consiste no cultivo de cepas em ovos de galinha, que gera doses de vacinas inativadas, feitas com fragmentos de vírus mortos.
Além disso, o instituto já enviou à Anvisa o protocolo de estudo clínico da Butanvac. Assim que autorizados, começarão os estudos de fase 1 e 2 em humanos, com 1,8 mil voluntários e posterior a fase 3, com maior escala de participantes que deverá incluir 9 mil pessoas”, observou a Secretaria Estadual de Saúde.
Parte da população favorável a medida alega que a vinda de mais uma opção pode proporcionar a vacinação em massa. Outra parte analisa com desconfiança por não ter certeza da eficiência dos testes.
Vacina vencida - Em Bebedouro houve a repercussão de vacina vencida. Em nota, o município por meio da Secretaria de Saúde através da Vigilância Epidemiológica afirmou que não foi aplicada vacina vencida. Na qual esclareceu que foram aplicadas 1.050 doses da AstraZeneca no dia 01 de março. A validade do lote 4120Z001 era de 29 de março.
As 40 doses em questão também foram aplicadas no dia 01 de março, mas foram inseridas no sistema Vacivida com a data errada (6/04). O erro de digitação já foi corrigido.
A Prefeitura informou que buscou o comprovante de vacinação na residência dos 40 pacientes para avaliar caso a caso. Esclareceu, ainda, que todas as vacinas foram aplicadas dentro do prazo de validade.
Calendário - Até o término dessa edição não foi divulgado o cronograma da semana que vem. A Secretaria Municipal de Saúde ressaltou que apenas publica data, hora e local, de acordo com as doses e idades somente após a chegada das vacinas no município, conforme já mencionamos em outras divulgações. Há duas semanas, as aplicações vem sendo feitas na antiga Feccib, Jardim Casagrande, no galpão de Festas atrás do Estádio Sócrates Stamato.
Gripe - A secretária de Saúde, Silvéria Laredo, enfatizou a importância da prevenção. “H1N1 e gripes severas também matam. O cenário fica mais preocupante durante uma pandemia tão grave como a do novo coronavírus. Não podemos ter duas epidemias ao mesmo tempo, deixar nossos pacientes mais vulneráveis para reagir a Covid-19 ou, ainda, ter uma população gripada lotando os hospitais. Agora é momento para ficar em casa, vacinar e diminuir o contágio do coronavírus”.
A etapa atual vai até o próximo dia 10, e abrange crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da Saúde.
O Ministério da Saúde recomenda um intervalo de 14 dias entre as duas aplicações. “É importante um intervalo entre a vacina contra a Covid-19 e a da gripe, para a produção adequada de anticorpos. A da gripe está disponível nas unidades de saúde e a da Covid-19 na antiga Feccib”, esclarece Silvéria.