Cônego Pedro Paulo Scannavino - Padre amigo, companheiro e verdadeiro Cristão. Nós da Folha da Cidade temos gratidão eterna. Seus ensinamentos, sua Fé nós deixaram com certeza pessoas melhores. Obrigado
Segue o primeiro texto veiculado pela Folha da Cidade em seu
CANTINHO DO PADRE – dia 05/03/2005.
“Que valor tem a raiz?”
Quantas vezes ficamos admirados diante de uma frondosa e majestosa árvore, como por exemplo, o tamarindeiro centenário que temos na praça central de nossa cidade de Bebedouro?
Porém, são poucos os que dão importância à suas raízes e admiram sua capacidade não só de sustentarem as centenárias árvores, mas também de transmitirem ao tronco e galhos a seiva para que se produza até hoje a grande carga de tamarindos, todos os anos.
Da mesma forma que acontece com as árvores, também acontece com o ser humano. Infelizmente, elogiamos, exaltamos, aplaudimos as pessoas vencedoras que se destacam na sociedade e nem sempre valorizamos e nos lembramos de elogiar, exaltar, aplaudir, aqueles que geraram com a graça de Deus estes personagens de destaque em nossa sociedade moderna. Se não fossem nossos antepassados, pais e avós, não estaríamos aqui e muito menos seríamos o que somos.
Daí, o nosso artigo durante este mês, quer prestar uma homenagem muito carinhosa e sincera a todos os idosos – pais, tios e avós, que vivem ou viveram entre nós.
Idoso não só deve ser respeitado e amado, mas também tem direito à qualidade de vida, que o leve à esperança de viver e morrer com dignidade. Nós que possuímos um idoso em nossa casa ou família, como o temos tratado? Com carinho e respeito mais pelo que ele já foi do que ele é hoje?
Deus nos deu a memória para não esquecermos do passado, principalmente em nome da gratidão.
Muitos são os jovens e adultos que providenciam de forma artificial e tolerada a subsistência do idoso.
Tratam-no como se trata um animalzinho qualquer: dão-lhe comida, remédio quando doente, um lugarzinho num canto da casa ou do quintal, o protege do frio e de preferência que não atrapalhe o andamento da casa ou da família. É um fardo que é obrigado a carregar, já que não acharam alternativa para livrar-se dele.
Feliz o idoso que na sua velhice poder colher os bons frutos, cuja boa semente semeou no coração de seus filhos, netos e sobrinhos. Felizes são estes que têm a oportunidade de cuidar do idoso hoje, pois a história se repete, e amanhã poderão colher o que hoje estão plantando de atenção, amor e respeito.