Competir é uma arte, perder faz parte

 

Os jogos olímpicos 2016 chegam ao fim e com eles a sensação de dever cumprido, ainda que não da melhor forma. Foram 17 dias de competição, sorrisos, lágrimas e limites ultrapassados. Na cerimônia de encerramento das olimpíadas do Rio, pode-se notar que a alegria da despedida foi bastante similar à da abertura, apesar das perdas.

Perda do equilíbrio, perda do controle, perda da medalha. Aceitar que não foi o melhor do mundo, mas saber que deu o melhor de si é o que mantém cada atleta “derrotado” vivo. Essa capacidade de lidar com situações adversas é uma força intrínseca, chamada resiliência.

Mais resilientes que os atletas olímpicos são os atletas paralímpicos. Perderam não apenas títulos de “vencedor”, mas também parte de si. Enfrentaram o luto ao despedirem-se de parte de seu corpo; encararam os olhares curiosos de crianças e os questionamentos desconcertantes de adultos que poderiam ter ficado em silêncio. Diante do abismo, souberam voar.

A resiliência, apesar de ser uma habilidade do próprio indivíduo, poderá se desenvolver ou não, dependendo do ambiente no qual a pessoa encontra-se inserida e da sua interação com seus familiares e amigos. De um vínculo social acolhedor pode vir a motivação e a vontade de vencer ao acreditar que se pode ultrapassar seus próprios limites.

Maslow, psicólogo norte-americano, definiu as necessidades básicas do ser humano e as hierarquizou de acordo com suas urgências, sendo elas: necessidades fisiológicas, de segurança, de amor, de estima e de autorrealização. Para se alcançar essa última, é necessário satisfazer todas as demais anteriores, que envolvem, dentre outras coisas, o reconhecimento. Assim, com a colaboração do outro e com a constante motivação aliada da resiliência é possível competir e lembrar que amanhã, a medalha de ouro pode ser sua.

 

Para dúvidas, críticas e sugestões, escrevam para: renataseren@gmail.com


Psicóloga - Renata Seren
Clima Bebedouro

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