Obituário 1
Professora Maria Inês dos Santos Lino
Em 12/11/18, faleceu a professora Maria Inês dos Santos Lino, minha querida amiga. Ela é digna de um obituário que se iguale aos do New York Times, os melhores do mundo neste gênero textual. Que, por sinal, biografam o obituariado. Ou aos dos jornais dos países anglo-saxões que também se utilizam da mesma estética. No entanto, com seu jeito simples e encantador, ela dispensaria esse tipo de solenização.
Valendo-se de nossa sólida amizade, iniciada na época do ginásio, todas as manhãs, através do Messenger, enviava-me o costumeiro recado: “Acordaaaaaa.” Ou, então, “Levantaaa.” Era uma farra.
A última vez que nos vimos, e não faz muito tempo, foi em frente ao IMEDI – Diagnóstico por Imagem. Ambos padecendo do mesmo problema, evitamos tocar no assunto. Prevaleceu o permanente sorriso dela, sua singeleza, seu modo peculiar de ser. Falamos sobre coisas agradáveis. Talvez, naquele momento, antecipamos nossa despedida. Mas de um jeito sereno, com calma profunda e serenidade íntima. Exatamente do jeito que a Maria Inês era.
Obituário 2
Padre (monsenhor) José Figuls (1926-2018)
No exercício do sacerdócio, padre José não possuía apenas vocação genuína, mas também aptidão. Com mestria, conhecia a conexão exata para celebrar esse mistério, a missa (qualquer que fosse sua natureza no Ano Litúrgico).
A exemplo de poucos, tinha um jeito especial de incensar o altar nas celebrações que exigiam esse ritual. No bom sentido, sabia exorcizar aquele momento. O católico experimentado sabe a respeito do que eu falo. Ou seja, a missa contém sentidos mais amplos e profundos além daqueles que conhecemos.
A última vez que assisti missa celebrada por ele, e na qual comunguei, foi no dia 05/02/15, aproximadamente às 18h35min., na Matriz de São João Batista. Em seguida, na Casa Paroquial, fez o lançamento do seu livro, “Reflexões Duras e Maduras”: o itinerário cristão, 232 páginas. Portanto, compareci à missa e ao lançamento.
O livro, com sua carinhosa dedicatória, será sempre uma lembrança afetiva e histórica que guardarei com muito carinho. As jornalistas Luciana Quierati , Sara Cardoso (Gazeta de Bebedouro) e o prefeito Fernando Galvão - apesar de alguns obstáculos a transpor - fizeram o livro acontecer.
Padre José consolidou sua missão sacerdotal tanto pelas igrejas que edificou, quanto por despertar em nós o divino no humano. Um eterno exemplo para a comunidade católica de nossa cidade. Deixou-nos hoje, 13/11/18, para tratar de um assunto de máxima importância: viver, a partir de agora, eternamente nos braços do Pai.