Poupatempo

Um exemplo de prestação de serviços, o Poupatempo deveria ser um modelo para os complicados e burocráticos atendimentos de muitos órgãos públicos.

Ando cansado de peregrinar e ver outras pessoas também perigrinarem por determinados órgãos públicos que nos entopem de procedimentos burocráticos, recusas descabidas, procedimentos que geram retrabalhos desnecessários.

Vejamos, como exemplo, o caso de um instrumento público de procuração registrado em cartório. O outorgante (quem a concede) faz constar que a mesma é por tempo indeterminado. Dez meses depois, o outorgado (procurador) dirige-se a um órgão público para representar o outorgante.


No caso acima, a procuração não é aceita. O interessado precisa ir ao Cartório e emitir uma Certidão que conste não haver nenhuma averbação de revogação ou substabelecimento. O custo é de R$ 61,34 (sessenta e um reais e trinta e quatro centavos).

A fim de evitar perda de tempo e despesas para o cidadão, um cadastro nacional para consultas sobre averbação de revogação ou substabelecimento seria bem-vindo. Funcionaria como uma espécie de SERASA. E quem seriam os legisladores que teriam saco roxo pra instituir algo assim.

O Brasil precisa fazer uma faxina na burocracia, mas com profundidade. Além de rituais absurdos que a burocracia submete o cidadão, mexe, também, com seu bolso. Gera despesas desnecessárias inclusive para o Estado.

Dizem que a burocracia é uma reprodução desordenada de papeis e procedimentos, expressão que não se aplica ao Poupatempo. Antigamente, quando necessitava de efetuar o Licenciamento de Veículo, por exemplo, o cidadão tinha de se submeter à uma fila de espera, a um ritual estressante. Atualmente, qualquer pessoa tem o documento do licenciamento expedido em poucos minutos.

Que a eficiência do Poupatempo nos sirva de exemplo. A burocracia e os absurdos dos órgãos públicos nos sirvam de advertência.


Augusto Aguiar

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