(Um Monge Solitário)
Deixaste há tristeza o cantar maganas tristes.
Hoje tú cantas o umbroso bosque, os mares.
Os pássaros, as flores, a natureza, os altares,
Não cantas as canções que já não mais existe.
Cantam felizes as casuarinas ao som de suas liras,
E tú tristeza, afogaste teu canto triste á piscina.
A harpa tua ao triste canto não mais inclina...
Vais cantar tuas maganas aos aborígenes timbiras.
O teu cantar hó tristeza já a tempo se definha,
Quero distância do teu harpejar desilariante.
De um tempo que longe se vai já bem distante,
Tú já muito maltrataste minha dorsal espinha.
Não sou nenhum puritano nas minhas eufemias,
... o silêncio e a contemplação hoje me ronda.
Adonai lá do alto bem junto de mim me sonda,
Procuro me encontrar com a virgem ao fim do dia.
“Toda Música é um poema,
mas nem todo poema é musica”.
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho