(Um Monge Solitário)
Da Abobada celeste nem frouxas neblinas,
o sol escaldante a terra estorrica.
O monjolo já soca – secas as minas,
pobres lavradores com o estilo se estrumbica!
Cinco de Outubro a primeira cigarra chia,
no límpido campo azul a estrela brilha.
Com o rubror do sol do meio dia se espia,
dormem preguiçosas as matilhas!
Somente alguns periquitos nas sibipirunas,
fazem algazarras catando algumas sementes.
O asfalto mais negro que as asas as araúna,
provoca até o ranger dos dentes na gente!
Nem o Sabiá uma ergue seu doce cantar,
mas tenho dentro d’alma os meus segredos.
Com a dura seca desapareceu o doce entoar,
dos campônios que saltam da cama muito cedo!
“O Escarneo demostra
a fraqueza dos ignorantes.”
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho