(Um Monge Solitário)
Quando teus votos eterno silencio,
quiserem me calar, com lágrimas bradarei.
E sei que meu brado se ouvirá no averno,
enquanto não encontrar-te não me calarei!
Sei que n’outro mundo já te encontras,
eu não quisera mandar flores para teu enterro.
Mas o destino traiçoeiro não poupas,
agora deste mundo tens por só triste desterro!
Tirando meu egoísmo quase nada restaram...
Eu agora canto inúmeras lágrimas derramadas.
Os dias teus de glória na terra terminaram,
canto o pranto escorrido tanto quanto enxurrada!
Quando eu tiver pronto venhas tu me buscar,
porque o mundo atira flechas doridas em mim.
Bem ao ladinho teu quisera eu me descansar...
- Mas será que o céu é mesmo um belo jardim?!!!
“Enquanto os filhos vão se divertir,
pais dobram os joelhos e rezam pela volta”.
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho