Versos Dispersos

(Um Monge Solitário)

 

O rei nasceu para o trono,

os peixinhos para o mar.

E eu vim á este mundo,

para sempre te amar!

 

Nas quedas que tive na vida,

jamais fiquei extenuado.

Pois sabendo eu que a fila andas,

não se ficar parado!

 

Eu somente atiro o anzol n’água,

pensando em trazer o peixe.

Se o lenhador entrar na mata,

é pra trazer logo um feixe!

 

Nas águas do Rio Amazonas,

dizem que lá tem boto, sinhá.

Dizem que se faz de moço bonito,

pras moças por ele se apaixoná!

 

Mas isto é mentira, boto leva a culpa,

elas se engravidam de um qualquer.

E quem acreditar nesta história,

não sabe ainda bem o que é mulher!

 

 

“Papagaio come o milho,

periquito leva a fama”.

 

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

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