(Um Monge Solitário)
Você cantou jasmim eu rosas,
ambas trouxeram tristas ressonâncias.
N’alma, dos temores às lembranças,
daqueles beijos e dedinho de prosa!
Qual acaratinga você voou pra longe,
deixando nosso doce ninho vago.
Hoje neste mosteiro recordo os afagos,
agora vivendo qual penitente monge!
Sonhar não é pecado eu bem sei,
deixaria meu buréu se pudesse voltar.
Porque mesmo distante só sei te amar,
e ninguém te ama como eu tanto amei!
Num recôndito enxugo lágrimas sentidas.
Porque aquela que um dia fora minha vida,
é hoje por certo por outro beijada!
“O pranto lava a alma e o coração,
enquanto que as vagas as praias lava”.
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho