(Um Monge Solitário)
A minha Estrela está mui distante,
perdida pelas barrancas de vida.
Quisera eu ter uma vida bem comprimida,
procurando esta estrela por vias errantes!
Como o Pai do Filho pródigo a tarde,
procuro por esta estrela que não vem.
Talvez esteja nos braços de outro alguém,
tôlo eu a procurar por proceder algum alarde!
Entre ela e eu uma enorme parede existe,
e eu do lado de cá tristonho a sonhar.
Quisera eu conduzi-la aos degraus do altar,
meda-me talvez encontra-la tão triste!
Talvez as sombras te ocultam de mim,
Oxalá, talvez um grande milagre inda acontece.
Mas se não Minh ‘alma inda mais se empobrece,
coração infrato, é o meu... como viver assim!
“Chorei lágrimas de sangue,
converti-as em gotas de mel”.
Diác. Antônio Antognoli Sobrinho