(Um Monge Solitário)
Pastores de Lá quis...
Ide de pressa ás tuas ovelhas!
Dispersas e trazei-as aos chafariz,
saciai a sede, trazei-as sem relhas!
Oh! Saudades dos tempos de antanho!
De quando era eu inda menino...
Olhava o céu, nuvens de espuma – estranha,
Formando caneirinhos armentos de ovinos!
Hoje velho, meus cabelos se parecem lã,
deste estranho armento de outrora!
Clástino, não poderei prever o amanhã,
Se por mim cantarão ou se alguém chora!
Ah! Nuvens que comtemplei e que amei...
Hão de Minh’alma alegre embalar!
E da vida que sem querer á deixei,
Somente saudades hão de ficar!...
“Camarão que dorme,
a onda leva embora”.
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho