(Um Monge Solitário)
Naquela tarde sombria,
Me doía o coração.
Naquele casebre pobre,
La no alto do espigão.
Meu amor partiu pra longe,
Sem poder dizer-me adeus,
Vi as lagrimas correr,
Do fundo dos olhos seus!
Deu seu ultimo suspiro,
Fechou os olhos morreu.
Foi se embora meu bem querer,
Partiu sem dar adeus.
Regulava seis da tarde,
Quando o relógio batia.
Chorei meu pranto sentido,
Enquanto ela se despedia!
Naquela noite fria,
Preparei o seu caixão.
Passei a noite chorando,
Na mais triste solidão.
No outro dia bem cedo
Cavei pra ela a sepultura.
Sepultei meu grande amor,
Entre soluços e amargura!
Abri a sua campa,
De frente minha janela
De baixo de um pé de Ipê.
Pra jogar flor na cova dela.
Toda tarde eu vou rezar,
Nas horas do fim do dia.
Pra que Deus tenha sua alma,
Junto da Virgem Maria!
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho