Sem Nexo

(Um Monge Solitário)

 

Quando lavanda a estrela d’lava,

Lá no poente onde o sol descamba.

A madrugada que me traz solene calma,

O sol surge a estrela d’alva debanda!

 

Logo o soão vindo lá do oriente,

Qual doidivana corro atrás do chapéu

Que levando pelo vento corre para o poente,

Batendo nos torrões qual pedra ao léu!

 

Meus poemas nem são poemas cocofonia são ...

Pois muitos de meus versos nem nexo tem.

Cacômico, os escrevo sem saber se lerão,

Talvez sejam versos perdidos no além!

 

Leitores muito me repreende nas falhas,

Muitos dos meus poemas são uma procela.

Mais se parece com o grasnar das gralhas,

E que na minha cabeça constante martela!

 

 

“O Homem é um ser finito,

perdido no infinito”.

 

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

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