(Um Monge Solitário)
Da nau marejante - tombadilho,
Luzes pouco rubras de tão pouco lumiar.
No cofiar do cabelos da bela morena,
Quisera eu todinho me emaranhar!
Já perdida a nau no triste vago Oceano,
Inda ruflam tambores – desconhecido destino.
Eis que surge o leviatã do alto mar,
Esfacelante nau – Triste desatino!
Na compita vi a morena se perdendo,
O oceano todo esbravejante – A levou.
Chorei juro – mas o demo sem piedade á consumiu,
Até a sereia do mar comigo chorou!
Agrilhoada á cadeia das ondas bravias,
Inda clamou a morena ao Deus das alturas.
Depois sumiu naquele desgraçado tormento,
E da morena inda guardo as mais tristes lamurias!
“Existe algum rádio ligando,
a criatura e seu criador?”