João e Herodes

A orquestra todavia continua a tocar,

Lá fora ruge violenta a tempestade!

Uma jovem branca quase nua a bailar,

Ante os convivas e sua majestade!

 

Enquanto isso um homem lá na prisão

Grita - “É a Voz que clama no Deserto”.

É o grito do fundo da alma de João,

Clamando ao povo por um caminho certo!

 

- “Pede, mesmo que seja a metade

Do meu reino eu te darei, Princesa minha!”

Preparada pela mãe cheia de crueldade

Satisfez a princesa os desejos da rainha!

 

Na mesa quero a cabeça do Batista,

Traga-a num prato e ficarei satisfeita!

Como palavra de rei não volta - “Conquista”,

A vontade de ambas foi feita!

 

O rei que amava João mandou degolá-lo,

E foi a cabeça posta ante os convivas!

Com o coração partido se fora o rei chorá-lo

Por não poupar, embora rei, uma santa vida!

Clima Bebedouro

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