Eu que já vivi na fartura,
estou vivendo de sobeijos
padecendo tantas agruras,
engolindo salivas de desejos!
Já tive pão em abundância,
hoje mendigo de porta em porta.
Mantenho a perseverança,
a avareza é folha morta!
Não falo do pão da fome,
falo é da sede do altar.
Pois aqueles que têm mais nome,
recusam dar o meu lugar!
São os tais doutores da lei,
Dizem-me sacerdotes do Altíssimo!
Deles discordam as greis
que precisam do meu serviço!
Diácono tem um sacerdócio,
não a serviço de padres.
E não viver no ócio
mas a serviço da comunidade!
Diácono não é para lamber botas
de padres que trancam tudo nas mãos.
Soltando apenas tarefas idiotas,
que fazem do diácono um sacristão!
É bendito o mal que vem só.