Diác. Antonio Antognolli Sobrinho
(Um Monge Solitário)
20 de setembro de 2.017
Um cambacica pousou no meu varal,
não temia a pequenina ave os espins.
Enquanto eu estendia a roupa o carnaval,
o cambachilra dançava no pé de alecrim!
E faziam suas galhofas sem se importar,
enquanto que um patesco rondava a praia.
Mais felizes que as corujas jazigos a rondar,
só o ranger do quício da porta espavou a gandáia!
Rondam os periquitos nas árvores sementeiras,
bandos fazem suas palhafatosas farras.
Vez ou outra um gavião passa-lhes rasteiras,
entristecendo do bando que fica, algazarras!
Qual essedário arma siladas o voador maldito,
que devora pobre ave na pedra das cantareiras.
Eu cá, pranteio qual o bando de periquitos,
corre de meus olhos o pranto qual água da torneira!
“ Na natureza, uns fazem parte
da cadeia alimentar de outros”.