Diác. Antonio Antognolli Sobrinho.
(Um Monge Solitário)
11 de setembro de 2.017.
Percorre pelo vento fugindo as laras,
tremulando élas á frente do cortejo mudo.
Alguém para a eternidade partiu as claras,
no mortuário cor de veludo escudo!
Qual fosse uma láude carregada calada,
um coitado no envólucro estranho dormia.
O sono eterno das noites mais serenadas,
da vida foge, dormindo noite e dia!
Alobrógico carneiro, mísero corpo oculta,
pra quem ficou a saudade mais que dói.
Lá no fim da alameda, deusa parca insulta,
perdidas alusões ao que verme corróe!
No alor prega alguém, o verbo da esperança,
a ninguém conforta naquele momento extremo.
Leniência só para o que deixa lembranças,
para os que ficam, o âmaro veneno!
“A vida é um tempo que passa,
um momento que se vive,
...uma eternidade nos espera”.