O Tear

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

(Um Monge Solitário)

15 de Agosto de 2.017.

 

Canta o canário preso ao bater do tear,

enquanto que um roaz a costura rói.

Chora no bosque os robles ao vento que dói,

e a moça com sua róca se põe a brigar!

 

Um rurígena passa, beirando a janéla

e lá dentro do casébre a moça espia.

Atrevido sujeito passante sem moradia,

num olhar invade pobre casa como procéla!

 

Causa maldito roaz uma grande batoada,

chóra pobre moça atirando no bicalho costura.

Mãos á fronte e faz uma prece mais que pura,

aplica seus litotes sem buscar a livralhada!

 

E deixa prefulgir as lições de Eloim...

e qual beguina se põe no orar incessante.

Bom – Deus prefére pessoas fortes orantes,

recebe preces, qual fosse perfume de jasmim!

 

“Deus sabe tirar o bem do mal, serve-se da incredulidade para converter gentios fazendo triunfar sua misericórdia sobre todos os póvos”.

(Romanos,11, 32)

 

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