Dança da Alma

Diac. Antonio Antognoli Sobrinho

(Um Monge Solitário)

06 de Agosto de 2.017

 

Esvai-te a alma vagarosamente,

deixando  a sombra do véu-espaço vazio.

O silêncio profundo ronda lentamente

mísero corpo, gélido ou frio!

 

Deusa parca, o fio da vida cortou,

que as janelas azuis do céu não corra.

Que não te esqueças aquele que tanto amou,

que a ferida luz do amor não morra!

 

Os espinhos da coroa de Cristo vi sangrar

por ti, percebi que davas a ela grande valor.

Entendeste que a morte é apenas um altar

onde o chorar não tem nenhum valor!

 

As duas janelinhas da fronte serraste,

vadio corpo agora eternamente descansa.

Mais uma estrela és que no céu brilhante

- deixando para traz um fio de esperança!

“A mulher disse: - Meu marido não me procura...ai alguém respondeu: - É porque você não se perde”.

 

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