A Moça Feia

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho.

(Um monge Solitário)

06 de Junho de 2.017

 

O guardanapos  de papel ao poeta serve

a mocinha feia que pela calçada passa.

Confuso com a beleza escassa cabeça ferve

porque as vezes escreve cheio de cachaça!

 

As vieiras que no pescoço a feia pendura

não trazem a beleza esperada para escanhos.

Nos cabelos a flor que põe não disfarça

                                                          a feiura,

talvez tenha herdada do maldito carcanho!

 

Feia, você não tem os donaires de princesa,

ao invés de coroa tem inda feios gravitos.

A beleza por sua vez não escolhe a nobreza

nem as pessoas com os lautos gabaritos!

 

A beleza sua é como a das folhas mortas

que choram a perdida árvore da calçada.

Quanto mais beleza busca mais se entorta

qual se fosse uma noite sem a doce madrugada!

          

“Dizem que beleza não se põe a mesa,

mas que ajuda, ah! isso ajuda!...”

 

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