(Um monge solitário)
Poetas vivem de ilusões sonhos dourados,
sorri quando chora pranto em enxurrada.
Suspira triste as vezes andando na calçada,
outras tantas sorri nos versos engraçados!
Devaneia o pensamento, no caminho vago,
contempla o céu, as estrelas e a lua.
As luzes frágeis das descalçadas ruas,
vendo o firmamento cinzento tristeza trago!
Se glória o bêbado a pouquíssima vaga luz,
se espantando ás vezes com a própria sombra.
E se ali perto algum malvado bomba estronda,
dá vivas e glorias á santíssima cruz de Jesus!
Poetando realizo e engano meus próprios desejos,
vivendo apenas momentos tesos de fantasia.
E se alguém abrindo sua janela pela fresta espia,
pesaroso me vou fingindo até que não o vejo!
“O culto do evangelho em casa é
uma fonte de bênçãos e alegrias”.