(Um Monge Solitário)
Águas dormentes floreiam o lago,
o olhar meu tristemente ofusca.
Meu pensamento deixando vago,
aparentes mansas águas bruscas!
Ás suas margens recolho lírios,
que meus pensamentos perfuma.
Por Deus, guiados os empírios,
formando à mente nuvens de espuma!
Espelho vivo, água que reflete,
sentimentos meus, submersos.
Dos agravos seus sorri se esquece,
os danos seus, os mais diversos!
Água que se oculta ao sol poendo,
ao ardente febo certamente brilha.
Seu rubro cristal, não recomendo,
jóias finas para minha bastilha!
“Cristo é o primogênito de toda
Criatura e também dentre os mortos”.