(Um Monge Solitário)
Oh! Sombra amiga, amiga sombra!
Em ti sombra quantas vidas abriga,
- Mas de onde tu vens ó sombra amiga?
- Venho de uma árvore frondosa amiga!
Quem me proporciona e te abriga,
Quando não surge a malvada formiga!
Cortadeira que faz desaparecer a amiga,
Deixando-me assim toda sem vida!
Entre os passarinhos não há brigas,
Mas sem sombra não tem a cantiga!
A tristeza e nudez da árvore os intriga...
Oh! Pobres avezinhas de curta vida!
Muito obrigado ó bela sombra amiga,
Muito obrigado aquela que a proporciona!
Não importa se nova ou velha matrona,
Importa é que tu nos abriga!
Onde falta religião, fé e justiça,
sobra a bandidagem.