(Um Monge Solitário)
Perseguindo o perfume das flores belas,
ondas odoríferas pairando nos ares.
Desviando das mais terríveis procelas,
como se tivesse em altos mares!
Cheguei em um asilo para concelebrar,
a missa do dia para aquela gente sofrida.
Vi idosos crochetando para me saudar...
abençoei todos aqueles ao fim da vida!
Pessoas sofridas não foram valdevinos,
alguns até meio séculos ali encontrei.
Outros merencórios já em desatinos...
estão esperando a deusa parca, sua vez!
Uns em cadeiras de rodas inda passeiam,
pelas amáveis sobras dos tamarindeiros.
Sem nada de fausto em suas vidas permeiam,
alguns, tantos e tantos janeiros!
“Os sábios virão depois, quando a loucura
da cruz tiver conquistado o mundo”.
(São João Crisostomo)