Jardim do Éden

(Um Monge Solitário)

 

Canta ao vento o farfalhar das palmeiras,

um casal de pombos contemplo maravilhado.

Tem seu lugar nos enfolhados bem marcado,

andorinhas nas ramagens secas a fileiras!

 

E a natureza tratando tudo sem desdém,

mecanicamente perfeita meus olhares fitando.

Lindas, airosas as camélias estou adorando,

enquanto todos os animais dizendo Amém!

 

Os camelídeos à sombra doce suave descansam,

Cavalos alegres relincham em suas cocheiras.

Águas que rolam em cascatas nas belas cachoeiras,

passo horas a contempla-las, elas me encantam!

 

É o novo Jardim do Éden vagarosamente surgindo,

a natureza não tem pressa nas suas tarefas.

Não é pressurosa, tudo com vagar se manifesta,

só não percebe nada o homem que está dormindo!

 

 

“Homem, o primeiro Éden você destruiu, Agora vê se toma juízo – Certo?!”...

 

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

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