(Um Monge Solitário)
Rende-te às alcovas oh tão doce amada,
não deixes para o amanhã o que hoje,
te podes fazer!
Porque se a morte a hora é chegada,
do leito do noivo não te inójes...
sê feliz antes de morrer!
Afrouxa-se a luz e naquela penúmbria,
vestida de cândida cambráia carregada,
momentos felizes ter!
Ao raro claro de fraca luz vislumbra,
não te esqueças que da noite és amada...
e tu deves querer!
Tu serás a Julieta e ele da noite o Romeu,
a se perder por ti em um louco amor...
és da noite o mister!
Te esqueças se ele crê ou se é Judeu,
não te darás e tomarás momentos de dor...
lembra-te que és mulher!
“Pede-me o que quiseres”, Exemplo vivo da paixão que cega
e faz esquecer o tudo mais”. (Teófilo)
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho