(Um Monge Solitário)
Eis que fantasmas arrebento aos pés,
enquanto que lá fora soluça o vento.
Transporto em meus pensamentos loucos,
soluços ao relento!
Já não mais pranteio a cada passo que dou,
vagamente verte uma lágrima furtiva.
Atirei ao longe o negro manto do medo,
são indigestivas!
Hoje bebo do alento, que não vejam nada,
labéus que cometi por simples descingir.
Numa nuvem de gazes que estejam envoltos,
pra não descobrir!
Não vale apena lamentos agora tardios,
já não pranteio o leite a tempo espargido.
Bem baixinho digam todos meu sagrado nome,
baste o prantear sentido.
“De lamentos bastam aqueles
aos pés de Jesus na cruz”.
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho