Rondó da chuvarada

(Um Monge Solitário)

 

Chove lá fora sem vento,

chuva fina com cantar de passarinhos.

Não tem trovão nem rebento,

João de barro na paineira faz o ranchinho!

 

Lindo que é meu visar,

vi a natureza em festa o coração a vapular.

Com as aves pus-me a cantar,

hoje não me preocupo mais com a besta muar!

 

Enquanto junto meu canto,

lá no Deus derrama suas não sentidas lágrimas.

Faço minhas xácaras sem pranto,

pois conheço muito bem minhas doces lastimas!

 

Manso não consigo me agitar,

tenho o socego dos folgados alegres valdevinos.

Fico vendo as gotinhas roçar,

no vitrô da minha casa pois este é o meu destino!

 

 

"Quem esquenta a cabeça é palito de fósforos”

 

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

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