(Um Monge Solitário)
A Lua branca vem prateando as montanhas,
sombreando matas e campinas.
As vezes ela camba seu rumo,
coisa estranha, o por que ninguém imagina!
No coqueiro ao lado de minha triste choça,
canta o noitibó as noites de luar.
Não existe tristeza embora o canto da roça,
e faço do meu colmo um altar!
Dos plátanos, folhas qual passarinho voam,
jaburús lá pântano triste cantam.
Canarinhos da terra seus belos cantos entoam,
cotias correndo anús espantam!
Não canto mais as vitalitas de tempo antanhos,
os passarinhos já cantam por mim.
Meu canto já é um triste grasnar mui estranho,
prefiro o perfume das flores do jasmim!
“Ser rico não é delito,
mas por ser rico ignorante o pobre é execrável”.
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho