(Um Monge Solitário)
No topo das montanhas ou nas planícies,
o homem seu pão e seu vinho descobre.
Tão profunda tem ele o seu olhar...
e que esses alimentos sagrados endobre!
Não seja baterga o que se diz poderoso,
deixe o pobre comer e beber do seu suor.
Pois o patrão morre de barriga inchada,
o pobre por ser um mísero sofredor!
Das junças o pobre tem sua húmide cama,
o rico na espuma, todo se regala.
A caridade de Deus minh’ alma não espanta,
e seu perfume da terra ao céu exala!
Do meu quarto o espelho os campos revela,
doiros trigais serão partidos ao meio.
E os rico que não se faz de sofredor,
se esbalda com sacos e mais sacos... cheios.
“Enquanto uns se regala na opulência,
outros morrem de fome”.
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho