(Um Monge Solitário)
Senti o coração trepidar sem pulsar,
minha vida medida em dicastérios.
Minh’ alma perdida num vago triste olhar,
afinal, não seria inda um despautério!
Da vida quase embargada me fiz prisioneiro,
percebi nutar meu corpo por derrocada.
E não era por nenhum problema financeiro,
não era hora da minha vida fadada!
Do fracasso senti rasgando a coragem,
ouvindo ao longo muitas amargas prosódias.
Do fim, eu percebia chegar os tristes pendores,
mas tinha eu, Deus na minha custódia!
Se a essência da noss’ alma um ser parece,
- Que dirás então da vida já perdida.
Mas quanto o ser da noite escura regresse,
freme minh’ alma gemendo sentida!
“Afinal,
o que se leva da vida é a vida que se salva”
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho