Segredos da Mente

(Um Monge Solitário)

 

Não guardo segredos em minha mente...

é ela jazigo repleto de ossos, carnes nuas.

Fétidas quais ovos podres em água fervente,

meu coração é um cemitério a luz da lua!

 

Não guardo remorso dos que já partiram,

nem tampouco saudades daquelas rosas fanadas.

Enquanto uns sobem então outros cairam,

das nossas vidas, vidas enganadas!

 

Das rosas fanadas não tenho o odor aberto,

tácitos, fanáticos covatos o espera.

Atafunados não veem nem ouvem o errado o certo,

fenecidos por um tafo, não tardo famingéra!

 

Os que deixaram a vida são apenas sol deposto,

e para lá se vai o defunto qual cão ensacado.

Para seus amados resta agora somente desgosto,

outros tantos ficam tristes, acabrunhados!

 

 

“A morte ninguém quer mas vem.

Então que fuja o hades”.

 

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

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