(Um Monge Solitário)
Naquele baile em que te vi, me apaixonei,
pois eras tu das flores boninas e mais bela.
No jardim do amor outra como tu não encontrei,
das mulheres não aceito qualquer querelas!
Lânguida não foste tu, mulher disposta,
a ti me entreguei como todo esmero e lassidão.
Sim, vieram procelas mas estávamos na costa,
e nos safamos da triste louca devassidão!
Sem melurias te vieste lassa e venturosa,
tentei lenir o teu mais doce suave beijar.
Mas tu, toda cheia de amor e fogosa,
não quiseste saber de nada por esperar!
Não dei uma de procaz, esperei a ventura,
quis manter- me probo e claro, respeitador.
Mas tu ab-reptícia estavas plena de fervura,
e numa simbiose quiseste logo meu amor.
“Claro que por amor se faz loucura,
mas não se deixa a cabeça de baixo ocupar o lugar da de cima”.
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho