Croceando

(Um Monge Solitário)

 

Hoje senil croceando,

caminho quase sem rumo.

Nem o corpo mais aprumo,

horas no mundo marcando!

 

Acrotérios já não me atraem,

a beleza das flores pouco ronda.

Não ando mais nas alpondras,

senis rápidos por certo caem!

 

A cada poeta que se esconde,

o sol imagino a morte.

Dento da noite infeliz sorte,

- mas fugir pra quê e donde?

 

O céu selênico me espera,

e um infeliz covato também.

Nas horas de Deus – Amém,

Começa no céu nova hera!

 

 

“Aviso da morte”

1º) Cabelos brancos;

2º) cara franzida;

3º) concurde;

4°) ...já se foi.

 

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

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