(Um Monge Solitário)
Arrepia triste sem poder - cantar,
o galo da campina - muito ferido.
Por quê tendo tudo - mudo ficar...
as dores calado - sofre sentindo!
Talvez teus ouvidos – não ouça,
o que os outros pássaros – dizem.
E nem um olhar – alegre esboça,
imóvel não importa – que te pisem!
Qual borboleta no ar – fora apanhado,
com uma pedra – bem arredondada.
Pobrezinho caiu ele – ali desmaiado,
quem a atirou – saiu logo em disparada!
Cuidei da avezinha – com exalmo,
coitadinha não resistiu – morreu.
Chorei muito – agora estou calmo,
- Quanta dor a inocente - sofreu ?
“O objetivo da morte é também matar a dor”.
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho