O Frio do Asilo

(Um Monge Solitário)

 

Eles vertem lágrimas empedernidas,

choram de ódio por seus descendentes.

Após trabalharem tanto, vidas sofridas,

tivessem pena algum dos parentes!

 

Sentem ali, a frieza de um asilo,

sem forças para aiar seus bramidos.

As vezes incompreendidos dão estrilos,

outros tantos afogam-se em gemidos!

 

As escondidas o pranto serpenteia o rosto,

pobres senis já próximos da morte.

Quem sabe se até não a aceitariam com gosto,

a enfrentar tão infeliz miséria sorte!

 

Trabalharam tanto, agora pengó num leito frio,

outros numa cadeira de rodas a se locomover.

Já não tem nada a comparar com um esguio,

não temos fagócitos para nos defender!

 

 

 

“O fim da vida pode ser triste, mas é mais triste

o fim dos filhos que abandonam seus pais”.

 

Diác. Antonio Antognoli Sobrinho

Clima Bebedouro

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