(Um Monge Solitário)
Tenho saudades do brióches que mamãe fazia,
meu pai fumando um palheiro junto ao fogão.
A maninha brincando no terreirão assim dizia,
vamos fazer silêncio, o pai nos dá um esfregão!
Fazíamos bródios depois dos brióches prontos,
que gostoso degustarmos com chávena de chá.
Dos vozerios de alegria em nosso cantinho tonto,
também participava a nossa querida tia Maria!
Aquilo era um bulo que oferecíamos a Deus,
nas horas das três Ave Marias ao fim do dia.
A tia cantava um chiste que mandava aos meus,
saudades - saudades das diabruras que eu fazia!
Meu pai era muito elátero nas coisas que fazia,
já idos meus pais de saudosa e triste memória.
Inda canto escaldos como os escandinavos fazia...
não conversar a história é coisa de mentes vazias!
“Um país que não conserva sua história,
é um país sem memória”.
Diác. Antonio Antognoli Sobrinho