CAMINHO SUAVE

 

Estávamos assistindo a  um programa de TV sobre a Itália, quando a minha cuidadora, perguntou se a Itália ficava nos EUA. Para meu maior espanto foi assim que descobri que Gilda, aquela senhora de 52 anos, de boa saúde, morou na roça onde não tinha escola, era analfabeta...Mesmo sabendo da dificuldade que tem um adulto em se alfabetizar, resolvi enfrentar a tarefa, pegar a mão na massa, mas qual não foi a surpresa em não encontrar uma cartilha pra comprar! A única recomendada de que tive noticia foi  Caminho Suave! A educadora Branca Alves de Lima publicou, em 1948, a cartilha Caminho Suave, desejando contribuir “para a extinção do analfabetismo em nossa Pátria”. A cartilha se tornou um fenômeno editorial. De acordo com o Centro de Referência em Educação Mário Covas, calcula-se que, desde 1948, quando teve sua primeira edição, até meados da década de 1990, foram vendidos 40 milhões de exemplares dessa cartilha. Em 1995, Caminho Suave foi retirada do catálogo do Ministério da Educação. Apesar de não ser mais o método “oficial” de alfabetização dos brasileiros, a cartilha de Branca Alves de Lima ainda vende cerca de 10 mil exemplares por ano. Em 2011, estava na 131ª edição.

Método de alfabetização pela imagem - Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em 1997, Branca Alves de Lima relatou que quando começou a lecionar, em cidadezinhas no interior paulista, a prática pedagógica para alfabetização se chamava "método analítico". Com o fim do Estado Novo, em 1945, as autoridades do MEC chegaram à conclusão que o "método analítico" não funcionava e estava superado, e deram liberdade didática aos professores. Foi observando a dificuldade de seus alunos, a maioria oriundos da zona rural, que Branca Alves de Lima criou o método que ela própria denominou "alfabetização pela imagem". A letra "a" está inserida no corpo de uma abelha, a letra "b", na barriga de um bebê, o "f" fica instalado no corpo de uma faca, a letra "o", dentro de um ovo e assim por diante.

Branca Alves de Lima faleceu em 2001, aos 90 anos de idade. Em sua homenagem, foi criado o Colégio Branca Alves de Lima – BAL, no bairro da Freguesia do Ó. A vida de Branca Alves de Lima é a síntese de um dos principais males – se não do principal mal – da Educação brasileira: o enorme desrespeito dos gestores e das políticas públicas educacionais em relação aos professores e professoras, aos estudantes e suas famílias.

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Desde sua primeira edição, foi um grande sucesso por tratar da alfabetização de uma maneira simples e inteligente. Indicada como método de alfabetização e também como material de apoio a outros métodos, objetivando uma alfabetização completa. corpo de uma abelha, a letra 'b', na barriga de um bebê, o 'f' fica instalado no corpo de uma faca, a letra 'o', dentro de um ovo e assim por diante Foi observando a dificuldade de seus alunos, a maioria oriundos da zona rural, que a educadora criou o método que ela própria denominou 'alfabetização pela imagem'. Especialistas em pedagogia afirmam que esta obra é o único método atual e realmente brasileiro de alfabetização em português. A metodologia começa pelas vogais, forma encontros vocálicos e depois parte para a silabação - une o processo analítico ao sintético, facilitando o aprendizado. Caminho Suave é uma obra didática, uma cartilha de alfabetização concebida pela educadora brasileira Branca Alves de Lima (1911-2001), que se tornou um fenômeno editorial. De acordo com o Centro de Referência em Educação Mario Covas, calcula-se que, desde 1948 quando teve sua primeira edição, até meados da década de 1990, foram vendidos 40 milhões de exemplares dessa cartilha. Em 1995, Caminho Suave foi retirada do catálogo do Ministério da Educação (portanto, não é mais avaliada), em favor da alfabetização baseada no construtivismo. Apesar de não ser mais o método "oficial" de alfabetização dos brasileiros, a cartilha de Branca Alves de Lima ainda vende cerca de 10 mil exemplares por ano. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, em 1997, Branca Alves de Lima relatou que quando começou a lecionar, em cidadezinhas no interior paulista, a prática pedagógica para alfabetização se chamava "método analítico". Com o fim do Estado Novo, em 1945, as autoridades do MEC chegaram à conclusão que o "método analítico" não funcionava e estava superado, e deram liberdade didática aos professores.[2]

 

O curioso  desta historia é que Caminho Suave permanece esgotada em Bebedouro! A única maneira de obter mais um  exemplar é recorrer novamente aos préstimos da D. Maria Rita, a diretora da Biblioteca que me emprestou o seu único exemplar disponível que me foi cedido gratuitamente sob a condição de adquirir o papel. Foi surpreendente o aprendizado. Caminho Suave se revelou surpreendente por fazer o aluno estudar sozinho a maior parte do tempo

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