Embora queiramos sempre vencer, tirar vantagem em tudo e nunca perder em nenhuma circunstância, a realidade nos chama a atenção para sermos equilibrados e realistas em nossa conduta.
Por que iludir-se, deixando a razão de lado e apegando-se ao fanatismo e ignorância?
Devido a essa tendência comum entre nós, quantas vezes nos prejudicamos, sofremos e fazemos sofrer o nosso próximo sem necessidade?
Você, caro leitor, já reparou como é ridículo o fanatismo de certos torcedores nos esportes e competições?
Quantas discussões estéreis, brigas, desentendimentos entre familiares e amigos por motivos fúteis, baseados na defesa de pontos de vista e torcidas organizadas ou não?
Ser simpatizantes de uma agremiação ou torcer por um time pode ser saudável e aglutinador quando contribui para uma convivência alegre e sabia, em que existe bom senso e respeito.
Concluímos, portanto, que devemos saber “ganhar” e saber “perder”, pois é normal em nosso convívio diário a alegria de vencer os obstáculos ou de fracassar em determinadas situações... Afinal, temos muitas capacidades, dons e talentos, porém não somos donos da verdade e, como limitamos que somos, estamos sujeitos a falhas e erros, vitórias e fracassos...
Começaram a todo vapor as propagandas eleitorais e a “desgastada” política das promessas mirabolantes e falsas atitudes de capacidade e integridade para o cargo proposto e almejado.
Embora haja candidatos bem intencionados e sinceros, nem sempre escapam da “ingenuidade” e “ilusão” de quem deseja ser útil à comunidade, ignorando as “amarras” dos partidos e interesses, não raras vezes, escusos e personalistas.
Quantas são as pessoas que “entram de cabeça” na política e, decepcionados, a deixam quando constatam o “outro lado da moeda”?
Diante desta realidade, qual seria a conduta de um cristão bem intencionado para votar e ser votado? Personalidade, caráter e capacidade para exercer a própria função de eleitor e eleito. Esteja atento, não se deixando iludir por argumentos sentimentais e, sim, coerentes com a própria situação.
Por que acomodar-se covardemente, deixando os manipuladores de opinião pública repetirem sua malévola influência sobre os mais vulneráveis e crédulos desavisados da malícia de inescrupulosos?
Através do “tijolinho” de cada voto, construiremos o nosso futuro e o de nossos filhos e netos!...
Cônego Pedro Paulo Scannavino Paróquia São João Batista