A liberdade, para muitos, significa agir da forma como foram treinadas em tempo de “dependência total”. Espontaneidade torna-se simplesmente o sinônimo de “viver repetindo o passado”, na esperança de que a vida mude por obra do acaso. É como assistir a mesma partida de futebol várias vezes, na esperança de que o resultado mude.
A infelicidade surge quando necessidades insatisfeitas na infância influenciam nosso comportamento hoje e até mesmo a vida inteira. O passado acaba, então, repetindo-se todos os dias no inconsciente e as ações são contaminadas por desejos de outras épocas. Podemos constatar que todo indivíduo necessita de três elementos vitais para sua alma: fé, força interior e amor. Na falta de um deles, as pessoas sofrem as consequências cuja origem vamos encontrar na infância mal estruturada.
A falta de amor na infância costuma gerar adultos hiperresponsáveis, profissionalmente competentes, mas solitários, porque continuam na idade adulta com a herança da infância sem amor.
A falta de fé leva ao medo. São aqueles que, independentemente de qualquer coisa que lhes aconteça, boa ou ruim, sempre estarão assustados e inseguros. Por melhor que estejam suas vidas, têm a sensação de que estão prestes a sofrer uma desgraça qualquer.
E a força interior? A criança cujo poder de transformação é anulado perde sua força interior, tornando-se um adulto sem forças para lutar e vencer. Perde oportunidades e coleciona fracassos. Passa a vida toda acomodado, sentindo-se vítima implacável do destino.
Isso colocado, caro leitor, que lição podemos tirar para nossa vida? Você se sente feliz? Você é uma pessoa feliz? Você já parou para avaliar as causas, a origem de suas reações negativas, que tanto nos atrapalham o bem viver?
Aprendamos com o passado, vivamos intensamente o presente, e o futuro certamente será promissor!
Cônego Pedro Paulo Scannavino Paróquia São João Batista