É muito comum entre nós procurar atingir “metas”, porém dificilmente nós as conquistamos, porque não nos preocupamos com os meios para atingi-las.
Além da instrução, da conscientização, da educação, as pessoas nem sempre conseguem atingir seus objetivos pela ausência da “ponte” que nos leva à concretização do ideal.
Exemplificando: Quem de nós, levado pela mais reta intenção, não critica a falta de educação na poluição das ruas, praças, lago e córregos de nossa cidade? Quem ignora a “sujeira” nas praças, ruas e adjacências de clubes e locais de passeio público, principalmente no dia seguinte de eventos?
Adianta alguma coisa alimentar críticas e lamentações inócuas? Que tal tomar a iniciativa para a solução concreta e prática, providenciando lixeiras adequadas e suficientes? Por que não unir o útil ao agradável, multiplicando lixeiras, com propagandas, comerciais ou não, porém em número suficiente e estratégico, facilitando que pessoas de boa vontade exerçam sua cidadania, beneficiando a todos, adultos e crianças?
Outra iniciativa que chegou a se concretizar entre nós, porém pouco tempo durou, por várias circunstâncias foram as cooperativas para reciclagem do chamado lixo doméstico e descartáveis.
Por que fracassou entre nós, se em outros centros permanecem atuantes, beneficiando não só a indivíduos, mas a comunidade em geral? Isso não ajudaria aqueles que, sem qualificação específica, se encontram desempregados e desmotivados a ponto de acomodarem-se na mendicância?
Toda iniciativa é válida, desde que beneficie a alguém ou a comunidade em geral. Porém deve ser abraçada com convicção e perseverança, contando sempre com o apoio responsável de autoridades, grupos e indivíduos coerentes. A maior e melhor iniciativa somente obterá êxito se vencer os obstáculos e perseverar até o fim.
Que fazer com a mendicância, moradores de rua e desempregados? É problema apenas dos órgãos governamentais, da assistência social, da prefeitura e comunidades religiosas? Será que o aumento desse contingente social é devido apenas à situação precária do governo, da corrupção generalizada? Ou temos possibilidade de fazer algo para solucionar ou amenizar o problema?
“Não reclame da escuridão! Acenda uma vela!”
Cônego Pedro Paulo Scannavino Paróquia São João Batista