Embora no Brasil existam várias datas em que se celebra a amizade, o Dia do Amigo é oficialmente comemorado em 20 de julho, e o principal objetivo desta data é valorizar a amizade, um sentimento de fraternidade mútua partilhado entre as pessoas.
Nem sempre nossa expressão vocal e escrita corresponde integralmente à realidade. Há termos que usamos que não passam de meras expressões vulgares e vazias, sem conteúdo e consequências relevantes, como, por exemplo, a palavra “amigo”.
Com que intenção eu digo para alguém: “amigo”? É apenas uma expressão circunstancial ou significa realmente uma pessoa especial, amada e considerada como um tesouro que se guarda no peito a sete chaves?
O amigo vê e ouve o que não somos capazes de ver nem ouvir. Assim sendo, pode fazer por nós o que nós mesmos não somos capazes de fazer. Ele ilumina o caminho. Ele sabe suspender o seu desejo para que o do outro se manifeste. Tem capacidade de escutar como um gesto generoso, deixando momentaneamente de falar, ficando aberto para o que o outro tem a dizer.
A escuta é característica do verdadeiro amigo – que não impõe a sua presença, não diz o que não deve ser dito e assim faz com que a amizade floresça. Ou seja, o amigo sabe se conter, exercita-se na ética da contenção. Por isso, ele é de paz e a sua maneira de ser pode servir de modelo para todas as outras relações, como: marido e mulher, pais e filhos, irmãos...
Um bom amigo é o mais precioso de todos os bens e está sempre pronto a auxiliar. As Sagradas Escrituras afirmam sabiamente que “aquele que achou um verdadeiro amigo possui um tesouro”.
A amizade verdadeira nasce espontaneamente, porém só dará os seus melhores frutos se for cultivada.
- Você tem amigo?
- Você é verdadeiro amigo?
Cultivemos a autêntica amizade! Ela poderá ser responsável pela nossa felicidade aqui e na eternidade!
Cônego Pedro Paulo Scannavino Paróquia São João Batista