O sexto mês do nosso calendário é rico em suas festas tradicionais e religiosas. Dentre elas, eu destaco a dedicação do mês ao Sagrado Coração de Jesus.
Não é sem razão que a devoção ao Coração de Jesus seja tão antiga e tradicional na Igreja Católica e se tenha tornado tão importante e querida por todos nós.
Neste ano de 2016, celebramos o 60º aniversário da famosa Encíclica “Haurictis aquas in gaudio” – “Bebereis alegremente as águas” (citação do profeta Isaías 12,3), de autoria do saudoso Papa Pio XII, por ocasião do centenário da instauração da Festa do Sagrado Coração de Jesus, indo às origens da devoção popular, viva e atuante, vivenciada de maneira especial pela Associação do Apostolado da Oração, existente até hoje em nossas comunidades paroquiais, atraindo jovens, adultos e idosos.
Um motivo a mais para nos alegrar nesses sessenta anos da Encíclica é a coincidência de estarmos no “Ano Santo Extraordinário da Misericórdia”.
Jesus, em suas aparições a Santa Margarida Maria, quis confiar o “suavíssimo dever” de cuidar desta devoção à Companhia de Jesus (os jesuítas). Acredito que o Papa Francisco, jesuíta, veja nesta devoção e culto ao Coração de Jesus o lugar onde vamos “haurindo as águas mais puras da misericórdia”. Por isso, não é de se estranhar que por trás do texto do Papa Pio XII esteja a contribuição valorosa de um outro jesuíta, Padre Bea, depois Cardeal, professor de Sagrada Escritura na Universidade Bíblica de Roma. Ele fundamentou e embasou a Encíclica com os textos da Sagrada Escritura.
Neste Jubileu de 60 anos da Encíclica de Pio XII, deixemo-nos surpreender por Deus. “Ele nunca se cansa de escancarar a porta de Seu Coração para repetir que nos ama e que deseja partilhar conosco Sua vida” (Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia – “Misericordiae Vultus” – “O rosto da misericórdia”) do Papa Francisco.
Cônego Pedro Paulo Scannavino Paróquia São João Batista