Opção ou fuga?

Sempre que nos propomos a uma decisão, principalmente quando se trata de algo definitivo ou duradouro, devemos levar em consideração a motivação: É uma “opção” ou uma “fuga”?

Para entendermos melhor a questão, exemplifiquemos: se um jovem vive num ambiente familiar desajustado ou opressivo, com pais extremamente enérgicos ou possessivos, sentindo-se oprimido e tolhido na liberdade desejada, logicamente ele sonha em livrar-se o quanto antes e sem culpa, daquela situação. Precipitadamente, sem analisar a fundo as consequências, sem ponderar as circunstâncias e os meios utilizados, sem ao menos questionar-se com tranquilidade sobre o que realmente é o melhor, ele se lança num caminho muitas vezes incerto e perigoso.

Isso chamamos de “fuga”!

Já está mais do que comprovado que “fugir”, nesse caso, é profundamente pernicioso e fonte de remorso e frustração.

Temos que nos convencer de que Deus nos dotou de capacidade suficiente e meios necessários para descobrirmos a solução de todos os problemas existentes, desde que façamos o que nos compete fazer, confiando na ajuda de verdadeiros amigos e na graça divina e tendo paciência para esperar a “hora de Deus”.

Medindo e pesando nossa capacidade, analisando seriamente as consequências, vamos “optar” conscientemente pelo que é melhor, mais seguro e mais compensador. Talvez a solução não seja aquela que idealizamos, da forma e no tempo que planejamos, porém, tenho certeza, estará de acordo com o plano e a vontade de Deus.

O Senhor tem desígnios que muitas vezes desconhecemos, mas o tempo vai nos revelar o “por quê” e o “para quê” dos acontecimentos, positivos ou negativos aos nossos olhos, dentro do projeto divino.

Portanto, cabe a nós escolhermos o que é melhor, fazendo uma opção consciente, ponderada e segura diante da realidade.

Que esta reflexão sirva de alerta a cada um que deseja ser autenticamente feliz e realizado como cidadão e discípulo de Jesus Cristo!


Cônego Pedro Paulo Scannavino
Paróquia São João Batista
Clima Bebedouro

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