A luz que não se apaga

Lendo uma crônica, achei interessante a comparação que muito tem a ver com o nosso comportamento.

Muitos homens caminham pela face da terra como se estivessem numa fila indiana, e cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás. Na sacola da frente colocam as qualidades, na de trás guardam os defeitos. Durante o percurso da vida, mantêm os olhos orgulhosos nas virtudes que possuem presas no peito e, ao mesmo tempo, reparam impiedosamente nas costas dos companheiros que estão adiante – em todos os defeitos que possuem.

O que está atrás sempre se julga melhor que o outro que vai à frente, sem perceber que a pessoa andando às suas costas está pensando a mesma coisa a seu respeito. Isso explica – em parte – alguns problemas de relacionamento e injustiça que acontecem no dia a dia.

O que fazer? Como primeira atitude, dar o primeiro passo, isto é, reconhecer que somente Deus é perfeito e que nenhuma criatura é “dona da verdade”.

Ora, se nenhum de nós é perfeito, como sentir-se no direito de julgar, criticar e condenar quem quer que seja? Não seria mais coerente nos colocar no mesmo nível como criaturas, reconhecendo nossas qualidades, talentos e capacidades, como também nossas fraquezas, limitações e defeitos?

Para que isso se torne realidade em nossa vida, fixemos nossos olhos na bondade e misericórdia divina e, mergulhados na “luz que não se apaga”, que é a graça de Deus, descubramos o que o Senhor tem a nos dizer. Quando Jesus, no calvário, padeceu até a morte de Cruz e do sepulcro ressuscitou glorioso, uma grande luz brilhou na Terra – a luz da verdade, que ilumina todo ser humano. Aquele que acolhe essa luz – tudo pode, nada teme, e enquanto se mantém longe das trevas do pecado, o Espírito Santo estará com ele.

Feliz daquele que acredita que a luz que veio do Pai para indicar o caminho a seguir nunca se apagará!

 

Cônego Pedro Paulo Scannavino

Paróquia São João Batista

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