Nas horas vagas, principalmente com esse tempo chuvoso e ameno, aproveito para assistir televisão. Mas como é difícil escolher um programa que agrade e que seja edificante, acrescentando algo para não só nos colocar a par da realidade do mundo em que vivemos, mas também criar expectativas positivas.
Os noticiários estão recheados de violência em todos os níveis, injustiças, miséria, corrupção, insegurança, futuro sombrio... A crise generalizada nos paralisa e nos leva ao medo de tempos piores. Tem gente que está em pânico, com medo de perder todo dinheiro e as regalias, e até sonha com a possibilidade de morar fora do país só para ter mais segurança.
Ninguém sabe o que vai acontecer com o Brasil e como isso vai afetar a própria vida. Como diz Mirian Goldenberg: “O país está doente, e o medo desta doença está contaminando todo mundo, até mesmo aqueles que poderiam se proteger e se manter saudáveis. É uma epidemia. Não escapa ninguém.
Os brasileiros não suportam mais tanta instabilidade, insegurança e incerteza.
Será que a única saída para a crise é fugir do país? Por que não construir uma alternativa melhor aqui no Brasil?” Isso depende só do governo, das pessoas que hoje dirigem o destino de nosso país? Por que e para que existem as eleições?
Ao começarmos este ano, já acordamos para a realidade de nosso município? Já começamos a observar e analisar as condições de nossos candidatos a prefeito e vereadores? Até quando vamos nos deixar levar pelas “eternas” promessas, construídas muitas vezes sobre mentiras, falsidades, incoerências e ganância pelo poder, da maneira mais descarada e irresponsável? Já está na hora de “amadurecermos”, sendo mais realistas e menos ingênuos e inocentes úteis.
Não transformemos a “arma” de nosso voto em gesto irresponsável e banal. Pode ser que nosso voto não vá resolver todos os problemas, mas é um tijolinho que contribuirá para estancar a avalanche da acomodação e “status quo”.
Cônego Pedro Paulo Scannavino
Paróquia São João Batista