Coisas simples, porém importantes!

No frenético passar do tempo, quando as 24 horas do dia se tornam insuficientes para executarmos tudo o que nos propomos e o que exigem os compromissos assumidos, cabe-nos o bom senso de dar uma paradinha para ajustar o tempo, nossa limitação e nossos desejos.

Nessa “pausa para meditação”, voltemosum pouco o olhar para a nossa infância. Embora muitos evitem o saudosismo, este nos evidenciam coisas simples, porém muito importantes na construção de nossa realização pessoal e comunitária.

Quem não se recorda com saudade do tempo em que existia a família tradicional, o ambiente de amor e respeito, onde pais e filhos conviviam unidos no trabalho e na fé, visando o bem comum? Os vizinhos não só se conheciam, mas eram solidários e solícitos, principalmente na necessidade mútua. As visitas eram frequentes, pelo simples fato das pessoas se sentirem acolhidas pela amizade e acolherem para partilhar seus projetos, sonhos e também (por que não?)seus fracassos e decepções. Podiam até se sentirem uma grande e única família... As crianças aproveitavam o tempo para brincar como crianças. Os adolescentes e jovens encontravam espaço para viver e sonhar, mesmo com todas as dificuldades de adaptação de idade e situação.

Melhor seria continuar “sonhando”! Porém, a realidade hodierna nos “acorda” de forma assustadora. Como alguém que acaba de acordar, abrimos nossos olhos e nos perguntamos: Onde estamos? Que mundo é esse? É um pesadelo?

A solução seria tentar dormir novamente para continuar sonhando com o passado? Não! Conscientes de nossa realidade, temos que reconhecer que a nossa missão como cristãos no mundo é corrigir, dentro do possível, os erros e desmandos do passado, aproveitar, na prática, hoje, as ricas lições que herdamos de nossos antepassados, certos de que não vamos consertar o mundo, mas podemos fazê-lo mais humano e mais cristão não só para a nossa felicidade e realização, mas também para esta nova geração que aí está e que deseja uma humanidade mais consciente, solidária, justa e alegre, pois esta foi a meta proposta pelo nosso Criador!

 

Cônego Pedro Paulo Scannavino

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