É inegável que muitas vezes colecionamos quinquilharias ou bobagens, que vão preenchendo os espaços do nosso coração. Elas, se prestarmos atenção, consomem a energia que seria necessária para construirmos coisas novas.
Ficar remoendo o passado, lamentando o que poderia ter sido feito e não foi, apenas desvia a atenção do presente onde realmente as coisas acontecem.
Essas quinquilharias também criam ilusões e nos levam a pensar: “Se eu tivesse me dedicado mais, tido mais suporte, o resultado seria diferente”. Pura ilusão! O que foi... já foi! O importante é fazer a limpeza da mente e do coração. Deixe as coisas e as pessoas do passado no passado. Não nos cabe, agora, ficar parados a julgar o passado, culpando ou condenando quem quer que seja.
Está na hora de você decidir o que é melhor para sua vida e colocá-la no rumo desejado. Porém, não confunda colecionar quinquilharias que não levam a nada com colecionar boas recordações, momentos agradáveis de intimidade, superações de desafios, aproximação de amigos, pois essas coisas ajudam e muito a encontrar a felicidade. Uma coisa é bem diferente da outra.
O que muitas pessoas chamam de liberdade é, em geral, uma boa justificativa para o consumo de aditivos. Nossa sociedade está mergulhada em “paliativos”, que vão da droga mais poderosa ao hábito mais banal relacionado ao sexo, às brigas, roupas, comidas, álcool, calmantes, paixões em sequência... Esses são alguns dos vícios mais comuns que as pessoas adotam para enfrentar a atual insegurança em que vivem.
Há pessoas que precisam estar diariamente “apaixonadas”. Por isso, começam e terminam relacionamentos apenas para experimentar a “euforia” de uma nova paixão. Os vícios funcionam como válvulas de escape de quem não quer se dar conta do vazio de sua vida. O pior é quando as pessoas se viciam no sofrimento e não conseguem mais desfrutar suas vitórias. Às vezes, tudo está correndo bem à sua volta, mas elas preferem enxergar problemas onde existem possíveis alegrias.
A felicidade é feita de pequenas “pérolas”, que você cultiva a cada dia, a cada hora. Portanto, desenvolva hábitos que criem mais alegria em sua vida.
Cônego Pedro Paulo Scannavino
Paróquia São João Batista
